MARXISMO NEGRO: AS MULHERES NEGRAS NA VANGUARDA DA LUTA REVOLUCIONÁRIA

  • BRUNA GABRIELLA SANTIAGO SILVA UFCG
Palavras-chave: Marxismo Negro, Feminismo Negro, Claudia Jones, Ângela Davis, Tradição Radical Negra

Resumo

Este artigo buscou apresentar a tradição radical negra dos Estados Unidos e as contribuições das mulheres negras para o fortalecimento do debate de raça, classe e gênero no país. Investigamos as contribuições das teóricas e militantes negras na construção das lutas por igualdade de raça e gênero dentro dos processos de lutas, tanto para o movimento de Direitos Civis quanto para o Partido Comunista. Apresentamos um processo de organização que se deu em um período de intensa perseguição dos militantes marxistas e negros, por parte do Estado. Buscamos ainda refletir sobre o marxismo negro, bem como sua base teórica, que se ancora nas experiências negras desde a escravização, no entanto buscando apresentar como esses pensadores desenvolveram uma análise marxiana que unifica os debates de raça e classe. Trazemos ainda as contribuições das mulheres negras marxistas, e como tais solidificaram um pensamento centralizado na ideia de “tripla opressão” que depois seria desenvolvido pela teoria feminista. Para tecer esse quadro nos valemos da historiografia estadunidense centralizada no resgate da memória dessas revolucionárias, também utilizamos autobiografias e ensaios das duas intelectuais citadas, para elaborar um quadro de aproximações entre as produções no que diz respeito a participação das mulheres negras na construção epistemológica e política da tradição radical estadunidense entre as décadas de 1950-1980.

Biografia do Autor

BRUNA GABRIELLA SANTIAGO SILVA, UFCG

Graduada em História pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Mestre em História pela Programa de pós-graduação em História da Universidade Federal de Sergipe (PROHIS-UFS). Doutoranda no Programa de pós-graduação em Sociologia da Universidade Federal de Sergipe (PPGS-UFS)

Publicado
2023-02-24